Comissão de Internet da ABDTIC promoveu reunião com associados

O assunto em pauta foi o Mobile World Congress 2015, evento ocorrido na última

semana em Barcelona

Na manhã desta terça-feira (10/3), os membros da Comissão de Internet e Mobile da Associação Brasileira de Direito da Tecnologia da Informação e das Comunicações (ABDTIC) reuniram-se em São Paulo para mais uma reunião com seus associados. Dessa vez o assunto em pauta foram as novidades do Mobile World Congress (MWC) 2015, evento que aconteceu em Barcelona na última semana e reuniu empresas notáveis na área de Telecom.

Segundo o coordenador da Comissão, Rafael Pellon, durante o MWC um dos assuntos foi a conectividade e a demonstração das tecnologias 5G e 6G e a comparação da velocidade de transmissão que cada uma pode atingir. “No 4G vemos velocidade de 10 Mega, já no 5G a previsão é uma velocidade de 100 Mega, mais do que a banda larga que temos em casa”, compara Rafael. Ainda de acordo com o aumento da velocidade de transmissão, cada pessoa vai ter de 10 a 12 pontos de conexão pessoais próximos. Como o número de pessoas online no mundo chega a quatro bilhões, multiplicado por dez vezes, pode trazer complicações. Outro problema apresentado para a inclusão dessas novas tecnologias é o alto custo. “Quando falamos em tecnologia 5G é praticamente uma antena por edifício”, explica Rafael.

A segurança das redes também foi o foco em Barcelona. Além de ferramentas e soluções para evitar fraudes, foram apresentadas soluções para combater invasões e perda de dados confidenciais. A segurança é uma preocupação que vai desde os sistemas mais básicos que fazem operar os sistemas das operadoras, passa pelas próprias redes e chega até os aparelhos, nas mãos do usuário.

Ministrando a principal palestra do evento, Tom Wheeler, presidente da agência reguladora das telecomunicações dos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, sigla em inglês), compareceu ao evento e apresentou as novas regras para uso da internet aprovadas em fevereiro pela FCC que protegem o conceito americano de neutralidade de rede.

Dentre as resoluções destacam-se a proibição de bloquear acesso ou acelerar conexões por uma taxa extra e firmar acordo com provedores de conteúdo para melhorar sua conexão com seus consumidores. A decisão significa que daqui em diante a rede banda larga é vista como serviço de utilidade pública regulado pelo Title II e que a escolha do valor a ser pago pelos consumidores para terem acesso à internet está nas mãos da agência reguladora. Com isso será garantido o acesso contínuo de qualquer indivíduo a conteúdos lícitos que ele escolher sem restrições ou interferência de provedores de serviço de internet (IPSs). Até então, as obrigações nos Estados Unidos aplicavam-se somente para as relações entre os provedores de conexão de Internet e os usuários finais domésticos. Com as novas regras, a FCC terá mais autoridade para atuar sobre as relações entre provedores de conteúdo e os provedores de conexão à Internet.

Ainda de acordo com Tom Wheeler, vai depender de cada administração americana decidir como regulamentar a internet, já que ele afirma que essas alterações não se tratam de uma regulamentação, pois não especifica regras muito detalhadas. “Não somos a favor da regulamentação da internet, como algumas operadoras de telefonia nos acusam. Somos a favor da internet livre”, afirmou Tom Wheller.

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, também foi um dos palestrantes do MWC. Mark falou sobre a oferta de conexão básica gratuita através das iniciativas da Internet.org, entidade da qual faz parte e que pretende conectar o outro bilhão de pessoas em locais que não têm acesso à internet. Mark ainda afirmou o aplicativo Whatsapp caminha para ser número um em comunicação nos Estados Unidos. No Brasil ele já se encontra no topo da comunicação entre as pessoas.